29 de junho de 2007

Quem se rende a Jane Monheit?

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Jane Monheit acaba de lançar um novo disco em Portugal, intitulado Surrender, o sexto da sua ainda curta carreira, e onde predominam as baladas.

Este é porventura o disco menos jazzy desta cantora e, curiosamente, os temas mais empolgantes são os que canta em português: "Rio de Maio" (em dueto com Ivan Lins), "Só tinha de ser você" e "Caminhos cruzados" (com Toots Thielemans).

Além dos convidados especiais referidos, a que se junta Sérgio Mendes (em "So many stars"), Monheit é acompanhada pela sua banda, onde participa nomeadamente o seu marido, o baterista Rick Montalbano.

Um disco para ir ouvindo, sem grandes expectativas.

Maria João hoje na FNAC de Cascais

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Maria João actua hoje na FNAC de Cascais, às 22h00, num concerto de apresentação do seu CD João.

27 de junho de 2007

Bruno Santos lança novo CD no Hot Clube

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Bernardo Moreira, Bruno Santos e Bruno Pedroso

É já a partir de amanhã (28 Julho) que o guitarrista Bruno Santos apresenta no Hot Clube o seu mais recente CD, TrioAngular, com três concertos de quinta a Sábado, sempre às 23h, acompanhado por Bernardo Moreira (contrabaixo) e Bruno Pedroso (bateria).

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O novo CD é mais uma edição TOAP - Tone Of A Pitch e conta com a participação especial de Pedro Moreira (sax).

Mal vão os políticos...

Recebo, como qualquer pessoa, vários emails contendo gaffes cometidas por políticos, relatos de corrupção nas autarquias, promiscuidade com o futebol, etc...

Naturalmente, JNPDI! não é um blog de política, nem o será, pelo que tais emails têm permanecido sempre no domínio privado do seu autor, circulando apenas estre amigos e pessoas mais próximas.

Muito mal, porém, vão os políticos quando "obrigam" a que mesmo um blog especializado em Jazz - e que apenas aflora a política quando estão em jogo questões de cultura - não consiga deixar de tornar públicas declarações que falam por si e que por isso mesmo nos abstemos de adjectivar...

É o caso em concreto que, ainda por cima, mete (por engano, é certo) uma instituição ligada ao património e à cultura: o IPPAR - Instituto Português do Património Arquitectónico.



Arrepia-me pensar o que o candidato diria sobre o Hot Clube de Portugal... Será que também o extinguia? Ou tomá-lo-ia por um clube "Hot" de strip-tease? Enfim, pura especulação, obviamente.

Como já dissemos em ocasiões anteriores, apesar de JNPDI! ser um blog de Jazz, o Jazz não vive à margem da sociedade e há ocasiões em que há que participar e transcender os limites, naturalmente estreitos de uma qualquer expressão artística, contribuindo para a consciencialização pública de assuntos que são importantes para o País ou para uma sociedade. A preparação de um qualquer político, ou a falta dela, não pode ser ignorada, sob pena de lamentarmos no futuro a inacção. Seja ele de que partido for.

Workshop de Jazz em Torres Vedras

O guitarrista Vasco Agostinho realiza de 2 a 5 de Julho um Workshop de Guitarra (manhãs) e de todos os instrumentos (tardes), inserido na programação da Escola de Jazz de Torres Vedras.

Mais informações no site desta instituição.

Metheny e Mehldau em Portugal

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Pat Metheny e Brad Mehldau tocam protagonizam dois concertos imperdíveis no Porto (7 Julho, Coliseu) e em Lisboa (8 Julho Aula Magna), para além do espectáculo inserido no Festival de Jazz de Loulé (30 de Julho).

Para Brad Mehldau, esta colaboração começou num período importante de mudança quando, aos 13 anos, um amigo lhe tocou um tema de Pat Metheny Group “Are You Going With Me” do duplo álbum “Travels” de 1982. Anos mais tarde, Pat Metheny ouviu “Chill” do álbum de 1994 “Moodswing” do saxofonista Joshua Redman, onde figurava Brad Mehldau no piano.

Para além de se admiraram há anos, Pat Metheny e Brad Mehldau, desde sempre, construíram um companheirismo artístico baseado numa inspiração partilhada.

Em Setembro de 2006 foi editado pela Nonesush Records “Metheny/Mehldau”, que já é considerado um clássico do jazz. É esse o disco que apresentam em Portugal, acompanhados por Larry Grenadier (baixo) e Jeff Ballard (bateria e percussão), em dois espectáculos a não perder.

7 de Julho – Coliseu do Porto: 21H30

Cadeiras de Orquestra - 60 Euros
1ª Plateia - 54 Euros
2ª Plateia - 48 Euros
Tribunas - 50 Euros
Balcão Popular - 35 Euros

8 de Julho – Aula Magna, Lisboa: 21H30

Doutorais - 56 Euros
Anfiteatro Inferior - 50 Euros
Anfiteatro Superior - 45 Euros

Nota: Texto da produtora Décima Colina.

Um Toque de Jazz em Julho

Na RDP - ANTENA 2, um programa de Manuel Jorge Veloso, transmitido aos Sábados e Domingos, entre as 23h05 e as 24h00.

Domingo, 01.07.07 – Jazz ao vivo (1) – O trio do pianista sueco Bobo Stenson com Anders Jormin (contrabaixo) e Jon Christensen (bateria) e a Orquestra Sinfónica da Ópera de Norrland. Obras de Anders Jormin, Astor Piazolla, Alban Berg, Maurice Ravel e George Gershwin. Concerto gravado no Festival de Jazz de Umea (Suécia) em 26.10.06. 1ª. Parte. Gravação Eurorádio.

Sábado, 07.07.07 – Jazz ao vivo (2) – «Live at MCG», pela Big Band do saxofonista Bob Mintzer. Colaboração do cantor Kurt Elling. Gravado na Manchester Craftsmen’s Guild (Pittsburgh, EUA) em Maio de 2002.

Domingo, 08.07.07 – Jazz ao vivo (3) – O trio do pianista sueco Bobo Stenson com Anders Jormin (contrabaixo) e Jon Christensen (bateria) e a Orquestra Sinfónica da Ópera de Norrland. Obras de Anders Jormin, Astor Piazolla, Alban Berg, Maurice Ravel e George Gershwin. Concerto gravado no Festival de Jazz de Umea (Suécia) em 26.10.06. 2ª. Parte. Gravação Eurorádio.

Sábado, 14.07.07 – Não há programa.

Domingo, 15.07.07 – Jazz ao vivo (4) – A «Bandwagon» do pianista Jason Moran (EUA), com Tarus Mateen (baixo-eléctrico), Nasheet Waits (bateria) e o convidado especial Marvin Sewell (guitarra eléctrica e acústica), no Festival de Jazz de Saalfelden (Áustria) em 27.08.06.

Sábado, 21.07.07 – Jazz ao vivo (5) – «What’s Up? – The Very Tall Band», gravação até hoje inédita realizada no Blue Note (Nova Iorque) de 24 a 26 de Novembro de 1998 pelo trio de Oscar Peterson (piano), Ray Brown (contrabaixo) e Milt Jackson (vibrafone) com Karriem Riggins (bateria).

Domingo, 22.07.07 – Jazz ao vivo (6) – A pianista Sylvie Courvoisier (Suiça) e o percussionista Joey Baron (EUA), num concerto realizado no Festival de Jazz de Willisau (Suiça) em 02.09.06.

Sábado, 28.07.07 – Jazz ao vivo (7) – «Spirit of The Horn», por Slide Hampton e um dodecateto de trombones, numa gravação realizada de 3 a 5 de Maio de 2002 na Manchester Craftsmen’s Guild (Pittsburgh, EUA).

Domingo, 29.07.07 – Jazz ao vivo (8) – A Mingus Dinasty Band (EUA), com Craig Handy (sax-alto), Wayne Escoffery (sax-tenor), Alex Sipiagin (trompete), Frank Lacy (trombone), George Colligan (piano), Boris Kozlov (contrabaixo) e Donald Edwards (bateria), num concerto realizado no Festival de Jazz de Willisau (Suiça) em 02.09.06

Lux Jazz Sessions: Jazz no Lux

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Jazz é evolução. Jazz é tradição. Jazz é a grande raiz da música moderna, o sustento do seu passado e a força do seu futuro. É com tal certeza que o Lux apresenta agora o passo inevitável nessa evolução: Lux Jazz Sessions, o ciclo de concertos e DJ sets que regista esse encontro mágico entre passado e futuro, tradição e evolução, jazz e todas as suas consequências.

As últimas duas décadas foram pródigas em revelar novos cruzamentos e novas possibilidades de expansão para o jazz. Mais do que em qualquer outro momento da sua história, o jazz criado e tocado em anos recentes contamina e é contaminado por praticamente todas as expressões musicais (e culturais, em geral…) existentes à face da Terra. Dos blues ao drum-n-bass, do hip hop ao punk, do electro ao reggae ou da soul às mais diversas tradições sonoras dos quatro cantos do mundo, são infinitas as influências e os ensinamentos reclamados pelo jazz.

É exactamente nesse ponto de confluência que as Jazz Sessions têm operado ao longo de uma existência que já conta com cinco anos de intensa actividade em prol de uma crescente divulgação e democratização dos vários “jazzes” que se ouvem na actualidade, sejam eles de produção internacional ou, sobretudo, nacional. Um percurso desde sempre liderado por Ricardo José Lopes e pelo DJ Johnny da CoolTrain e que, antes de chegar ao Lux, teve os seus passos iniciais nas Leiria Jazz Sessions (entre 2003 e 2005) e nas Lisboa Jazz Sessions (na Bicaense, nos anos de 2005 e 2006), palcos onde se definiu o essencial do espírito das Lux Jazz Sessions: provar que o jazz é uma música com total abertura e modernidade, combustível para a dança e para a festa – relembrando uma das funções prioritárias que estiveram na sua origem –, ao mesmo tempo que se divulgam algumas das mais importantes tendências e criadores da cena jazzística e dos seus incontáveis recantos.

Nesta fase que agora se inicia, as Jazz Sessions irão potencializar ao máximo o interesse latente dos muitos públicos que se encontram no jazz, graças a uma programação que, todas as quartas-feiras a partir das 22 horas, acolherá no Lux um conjunto de nomes centrais nesse processo de eliminação de fronteiras que a grande música negra vem experimentando, sejam eles cantores, instrumentistas ou DJs, nacionais ou estrangeiros, tradicionais ou vanguardistas, pretos ou brancos, novos ou velhos... bonitos ou feios. O que interessa é que os seus corações batam ao ritmo do jazz, qualquer que ele seja. E é esse ritmo – ou esses ritmos… – que estão garantidos nos concertos, que começarão sempre às 23 horas, e nos DJ sets que se lhes seguirão e em cada nova surpresa que as Lux Jazz Sessions virão revelar.

Ao arrancar no mês de Julho, as Lux Jazz Sessions dificilmente poderiam apresentar propostas mais quentes: logo na primeira sessão, no dia 4, juntamos dois dos mais brilhantes nomes da cena jazzy portuguesa, ou seja, o baixista Carlos Barretto, a liderar o seu projecto all stars «In Loko» (composto por Bernardo Sassetti, Mário Delgado, José Salgueiro, João Moreira e Sebastian Sheriff) e o colectivo de DJs Spaceboys. No dia 11, outro dos mais consagrados jazzmen made in Portugal, o pianista João Paulo, apresenta o seu novo registo, numa noite que se torna ainda mais obrigatória pela presença nos pratos do fascinante DJ Paul Murphy. A ementa do dia 18 é marcada pelos westerns sonoros dos Dead Combo e, num ritmo mais iconoclasta, da equipa de DJs Os Sete Magníficos. Por fim, a fechar o mês, no dia 25, a LUME Big Band (i.e., Lisbon Underground Music Ensemble) abre caminho para a incendiária actuação dos DJs Afro Latino Dynamic Duo (i.e., Johnny e Pedro Passos).

Programa:

4 de Julho: 23h00
Carlos Barretto «In Loko» + Spacecowboys (DJ's)

João Moreira (trompete)
Mário Delgado (guitarra)
Bernardo Sassetti (fender rhodes)
Carlos Barretto (contrabaixo)
José Salgueiro (bateria)
Sebastian Scheriff (percussão)

11 de Julho: 23h00
JOÃO PAULO - «Memórias de Quem» + PAUL MURPHY (DJ)

18 de Julho: 23h00
DEAD COMBO - «Vol 2: Quando a Alma Não é Pequena» + «Guitars from Nothing» 7 MAGNÍFICOS (DJ's)

Tó Trips (guitarra)
Pedro Gonçalves (contrabaixo).

25 de Julho: 23h00
LUME Big Band + Afro Latino Dynamic Duo (DJ's)

Marco Barroso (composição, direcção, piano)
Manuel Luís Cochofel (flauta)
Paulo Gaspar (clarinete)
Jorge Reis, José Menezes, João Pedro Silva, Elmano Coelho (saxofones)
Jorge Almeida, João Moreira, Pedro Monteiro (trompetes)
Luís Cunha, Eduardo Lála, Pedro Canhoto (trombones)
Yuri Daniel (contrabaixo, baixo eléctrico)
Pedro Silva (bateria)

Texto dos produtores.

25 de junho de 2007

1º Seminário Internacional “Jazz Ao Norte”

De de 9 a 13 de Julho decorre no Porto o 1º Seminário Internacional “Jazz Ao Norte”, dirigido por cinco dos actuais maiores nomes do Jazz Internacional, oriundos de Nova Iorque:

Donny McCaslin (Sax Tenor)
David Binney (Sax Alto)
Ben Monder (Guitarra)
Scott Colley (Contrabaixo)
Adam Cruz (Bateria)

Esta iniciativa é promovida pela Escola de Música Jazz ao Norte.

24 de junho de 2007

Disto é que gostamos e mais nada!

Um bom scat singing pela one and only, Sarah Vaughan!

Bright Size Life

Em 1975 Pat Metheny e Jaco Pastorius lançaram um álbum marcante: Bright Size Life.

Agora, volvidos 30 anos, Metheny juntou-se a Richard Bona, baixista cuja sonoridade mais se assemelha à de Pastorius, e reviveram em palco este projecto.

Vale a pena ver e ouvir.

Lembrar Cootie Williams

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Nascido a 24 de Junho de 1910, Cootie Williams foi um reconhecido trompetista, sobretudo pela sua habilidade para tocar com a surdina (servindo mais tarde como referência a Wynton Marsalis), tendo-se juntado à orquestra de Duke Ellington em Fevereiro de 1929. Por volta de 1940 abandonaria esta formação para integrar a orquestra de Benny Goodman, regressando em 1962 e aí permanecendo até depois da morte de Ellington.

Ao longo da sua carreira tocou e gravou, entre outros, com Lionel Hampton, Teddy Wilson e Billie Holiday, participou como convidado no célebre concerto de Benny Goodman no Carnegie Hall, em 1938, e criou e liderou a sua própria orquestra (onde chegaram a tocar músicos como Bud Powell, Eddie "Lockjaw" Davis, Eddie "Cleanhead" Vinson e Charlie Parker) e o seu sexteto.

Faleceu em 1985.


23 de junho de 2007

Downbeat Julho 2007

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21 de junho de 2007

Depois de Count, melhor só Duke!

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Acaba de sair mais um fascículo da colecção Jazz em DVD da Planeta DeAgostini. E depois de Count Basie, nada melhor do que a orquestra de Duke Ellington, numa gravação de Janeiro de 1965 (ano em que Duke foi nomeado para o prémio Pulitzer e o recusou por achar que o destino já tinha sido generoso com ele e não o havia de querer famoso demasiado cedo) realizada em Copenhaga.

Este concerto permite-nos ver e ouvir a orquestra de Ellington com alguns dos pesos pesados (leia-se, músicos históricos), como Cat Anderson (1916-1981), Cootie Williams (1910-1985), Ray Nance (1913-1976), Paul Gonsalves (1920-1974) e Harry Carney (1910-1974).

O DVD em si é pleno de interesse e também de peripécias, desde o sono profundo de Paul Gonsalves, que praticamente só acorda quando é chamado a solar, até ao microfone que tende a soltar-se...

Mas "extras" à parte o que conta é a música e aí destacam-se vários momentos altos, nomeadamente a magnífica interpretação de "Chelsea Bridges" por Paul Gonsalves e o desempenho de Cootie Williams no trompete com surdina em "Tootie for Cootie". De igual forma é brilhante a interpretação de "Passion Flower" por Johnny Hodges, com uma sonoridade e alma notáveis, o que nos leva a perguntar por que será que já ninguém toca assim... Bem, a verdade é que músicos como Hodges houve poucos.

Já em encore sobe ao palco o pianista e compositor Billy Strayhorn, para tocar o seu tema mais conhecido, "Take The A Train", e o DVD termina com o teatral Ray Nace a cantar e ensaiar passos de dança em "He Huffed'n Puffed".

Este DVD encontra-se disponível por apenas € 9,99 (mais portes de envio) exclusivamente através do nº de telefone 219 265 510 ou, eventualmente, num quiosque perto de si.

Atenção ao SFJAZZ Collective...

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Embora prejudicado por coincidir com o concerto de Pat Metheny e Brad Mehldau na Aula Magna, a actuação do SFJAZZ Collective no Estoril Jazz merece especial atenção pois reúne no mesmo palco Joe Lovano (saxofone-tenor), André Hayward (trombone), Miguel Zenon (saxofone-alto), Dave Douglas (trompete), Stefon Harris (vibrafone), Renee Rosnes (piano), Matt Penman (contrabaixo) e Eric Harland (bateria).

O SFJAZZ Collective é um ensemble de estrelas maiores no firmamento do Jazz, composto por oito dos mais prestigiados músicos e compositores da actualidade, que tem por missão interpretar projectos próprios e novos arranjos dos grandes compositores do Jazz moderno.

Criado em 2004 pela SFJAZZ – a maior organização não lucrativa na área do Jazz na costa Oeste dos EUA e responsável pela organização do San Francisco Jazz Festival – este colectivo nasceu sob a égide do saxofonista Joshua Redman, então director artístico deste evento.

A invulgaridade do projecto e a qualidade dos jazzmen a ele associados desde logo captou a atenção e os aplausos da crítica especializada, pelo que rapidamente se tornou uma referência, sendo elogiado pela forma inovadora como trata o respectivo repertório, o qual muda todos os anos, mantendo-se apenas a estrutura. Com efeito, o SF JAZZ Collective apresenta anualmente um conjunto de temas compostos por uma referência no jazz moderno (tendo já visitado as obras de Ornette Coleman, John Coltrane e Herbie Hancock), mas com novos arranjos da autoria do conceituado Gil Goldstein, e ainda uma composição da autoria de cada um dos seus oito membros actuais, o que assegura simultaneamente a renovação da tradição e a busca de novos caminhos síncronos com a actualidade.

Constituído por músicos de referência e com o seu estilo próprio, o SFJAZZ Collective consegue ainda assim manter o seu som distinto mediante o cultivo de uma estratégia que tem dado bons resultados: todas as Primaveras o octeto reúne-se em São Francisco para um período de ensaios de três semanas (caso raro nos dias que correm, mas essencial para dar verdadeiro significado à expressão Collective), aproveitando ainda para realizar workshops. É a partir daqui que o ensemble inicia subsequentemente a sua digressão pelos mais importantes palcos internacionais, a qual termina com a gravação de um novo CD que assim preserva o produto musical de cada nova temporada.

Em 2007 o colectivo está focalizado nas obras do pianista e compositor Thelonious Monk, o que constitui um excelente auspício para a sua estreia no Estoril Jazz.

19 de junho de 2007

Cultura ausente do debate para a Câmara de Lisboa

Acompanhámos com interesse o debate que a SIC notícias acaba de realizar com 7 dos candidatos à Câmara Municipal de Lisboa, do qual retiramos a ilacção de que a cultura não é uma prioridade, ainda que todos sejam unânimes em defender maior qualidade de vida na Capital... como se tal se assegurasse apenas pela resolução da questão do trânsito ou do ambiente.

Temos sobretudo pena que não tenha sido perguntado ao ainda Presidente da Câmara como é possível a Orquestra Metropolitana de Lisboa (que divide instalações com o Hot Clube de Portugal) ter para oferecer aos seus alunos o estacionamento que as fotografias mostram...

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Será assim que se pretende incentivar o estudo da música em Lisboa?

Serão tais infra-estruturas dignas de uma capital europeia ou de uma república do desleixo e da irresponsabilidade?

Responda quem souber...

Antes de concluir gostaríamos ainda de referir dois pontos:

1. - Onde está uma candidatura que veja na cultura um dever, mas também uma fonte de receita e de captação de turismo? Onde está o Festival de Jazz de Lisboa, cidade que continua a ser das poucas europeias sem tal evento?

2. - Mais importante. Onde está uma candidatura com uma verdadeira visão para a cidade? Uma visão assente naquilo que ela tem de único: a sua ligação aos Descobrimentos e à difusão da cultura e do conhecimento europeu. Lisboa precisa de uma visão que permita posicioná-la fortemente no âmbito da oferta turística mundial. Se é uma cidade dos Descobrimentos, um museu interactivo da globalização e do multiculturalismo, era algo que se devia debater. Mas a política à portuguesa tem fracos horizontes, ambiciona pouco, é pouco reflectida e, tal como há 8o anos, continua presa aos interesses. Eis porque ontem, tal como hoje, a caricatura publicada no jornal Sempre Fixe em 1926 se mantém actual:

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É a cidade e o país que temos porque tristemente o cidadão só se manifesta quando o seu clube de futebol foi "roubado" pelo árbitro ou o respectivo presidente indiciado de corrupção pela PJ... E vende mais o livro da ex-mulher do dito cujo (com direito a cenas de pancadaria nos hipermercados para disputar os últimos exemplares da primeira edição) do que o Pessoa ou outros autores que realmente podiam trazer algo de útil ao desenvolvimento do Homem e da Humanidade. Com uma mentalidade assim também não há político nem politiqueiro que consiga solucionar o que à partida as pessoas se habituaram a ter como normal, sejam buracos na rua, carros nos passeios, mamarrachos ou outros atentados urbanísticos.

JAZZ EM AMBIENTE DE LUXO NA MADEIRA

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De 30 de Agosto e 1 de Setembro há Jazz no Funchal, no Choupana Hills Resort & Spa, com a actuação dos projectos liderados por Marco Franco, Mário Lagina, Abé Rabade, Matt Pavolka e André Fernandes e ainda os grupos TGB e Rafa Four & Vânia Fernandes.

Este evento, e outros similares, pode bem ser uma excelente oportunidade para os músicos envolvidos ganharem maior visibilidade internacional, além de ser obviamente importante do ponto de vista da divulgação nacional do seu trabalho.

Se nos dissessem há 10 anos que o Jazz em Portugal ia conhecer a divulgação e a expansão de que hoje beneficia, dificilmente acreditaríamos, não pela falta de público, mas pela falta de interesse que então ainda havia a respeito dete género musical, tanto a nível público (leia-se, autarquias, etc), como, e sobretudo, privado (leia-se, empresas).

17 de junho de 2007

Hot Clube reabre a 20 de Junho

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O Hot Clube de Protugal, que tem estado fechado desde o passado dia 3, para as habituais obras de manutenção anuais, reabre já no próximo dia 19 com a seguinte programação:

20 a 23: QUARTA a SÁBADO
26 e 27: TERÇA e QUARTA
Combos da Escola de Jazz do Hot Clube de Portugal
6 dias de concertos com 12 bandas de alunos (duas por dia) da Escola de Jazz Luís Villas-Boas/Hot Clube de Portugal (entrada livre)

28, 29 e 30: QUINTA a SÁBADO
Bruno Santos “TrioAngular”
Bruno Santos - guitarra
Bernardo Moreira - contrabaixo
Bruno Pedroso - bateria

JULHO
5, 6 e 7: QUINTA a SÁBADO
Pedro Madaleno Trio
Pedro Madaleno - guitarra
Demian Cabaud - contrabaixo
Alexandre Frazão - bateria

11 e 12: QUARTA e QUINTA
Art Themen & Trio (em colaboração com o Estoril Jazz 2007)
Art Themen - sax-tenor
Filipe Melo - piano
Nelson Cascais - contrabaixo
Bruno Pedroso - bateria

13 e 14: SEXTA e SÁBADO
“Tetterapadequ”
Giovani di Domenico - piano
Daniele Martini - sax
Gonçalo Almeida - contrabaixo
Joao Lobo - bateria

17, 18: TERÇA e QUARTA
Mark O’Leary “Terra Sul 4tet”
Mark O’Leary - guitarra
Rodrigo Amado - saxs
Zé Eduardo - contrabaixo
Bruno Pedroso - bateria

19, 20 e 21: QUINTA a SÁBADO
Quinteto de Sara Serpa
Sara Serpa - voz
André Matos - guitarra
Ana Araújo - piano
Demian Cabaud - contrabaixo
Marcos Cavaleiro - bateria

16 de junho de 2007

Jazz às Terças

Todas terças-feiras dos meses de Junho, Julho e Setembro, das 18h às 19h30m, há Jazz na esplanada do Picoas Plaza, com combos de alunos da escola JBJazz.

14 de junho de 2007

Can't help loving it!

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É imperdível este DVD pleno de swing, atitude e boa disposição, gravado ao vivo no Montreal Jazz Festival de 2005, onde Paula Anka deixa transbordar todo o seu lado de grande «entertainer», interagindo de uma forma original com o público.

Revisitando o disco Rock Swings, Paul Anka percorre um repertório constituído por grandes êxitos do rock/pop dos anos 80/90, incluindo ainda alguns dos seus próprios hits, como "Diana" ou "Put your head on my shoulder". É assim que aqui encontramos canções como "It's my life" (Bon Jovi), "Eye of the tiger", "Black hole sun" (Soundgarden), "Hello" (Lionel Richie) e "Tears in Heaven" (Eric Clapton).

E o melhor de tudo... custa apenas 9,90 euros, no Carrefour de Oeiras.



Aliás, e a propósito, recomendamos uma visita urgente a este Hipermercado, pois lá se encontram à venda por 7,90 euros, vários grandes e históricos discos da história do Jazz, tais como:


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Spots publicitários do Estoril Jazz

JNPDI! divulga hoje os spots publicitários realizados pela Duvideo para o Estoril Jazz, em 2005 e 2006, peças que consideramos interessantes e originais do ponto de vista gráfico e conceptual.



13 de junho de 2007

Marcus Miller

14 de Junho é a data de aniversário do baixista Marcus Miller, que aqui recordamos numa gravação de "Tutu" com Miles Davis, para quem compôs vários temas, incluindo este. Kenny Garrett é o homem da flauta.


Este vídeo de 1991 é também elucidativo das suas qualidades:



A destreza técnica de Marcus Miller está porém mais visível no seguinte vídeo, em que Miller toca a solo e mais facilmente se observao seu virtuosismo no "slap":



Para os verdadeiros apreciadores de Miller vale ainda a pena ver o vídeo disponível neste link.

12 de junho de 2007

FESTIVAL LAGOA JAZZ 2007

O Festival Lagoa Jazz, que decorre de 15 a 17 de Junho, está de volta na sua edição de 2007, desta vez com a apresentação de três concertos, com espectáculos às 22:00h, num programa versátil nas mais variadas áreas do jazz.

O festival abre na sexta-feira com o virtuoso vocalista de jazz no estilo “scat”, J.D. Walter e Quarteto (E.U.A). J.D.Walter é considerado um cantor americano de jazz de topo, comparado com nomes sonantes do jazz como Betty Carter, Nat Cole, Nina Simone e Milton Nascimento. Acompanham-no Orrin Evans ao piano, Mark Kelley no baixo e Donald Edwards na bateria.

No sábado, sobe ao palco a trompetista e compositora suíça Hilaria Kramer com o seu grupo BB-Band, caracterizado por uma sonoridade original, com fragmentos de free jazz e acid jazz. Esta formação é marcada pela presença do DJ em vez da percussão. Mattia Loetshcer, o baterista virtual, introduz efeitos e loops que permeiam todo o repertório, enquanto Marco Micheli, completa a secção rítmica com o contrabaixo e baixo eléctrico, num desempenho de grande sentido rítmico e melódico. O calor e o colorido com que Renaud Millet-Lacombe toca o Hammond e os sintetizadores, empresta o toque final às composições e arranjos.

No domingo, o festival encerra em grande, com o célebre acordeonista mundial Richard Galliano e o projecto Tangaria, numa proposta musical inédita entre Johann Sebastian Bach, o jazz, a valsa venezuelana e o tango afro-uruguaio (Tangaria provém de “Tango” e “Ária”). Este projecto é uma verdadeira estreia, pleno de emoção pelo facto que Galliano se fará acompanhar pelo violonista Sébastien Surel, o contrabaixista Philippe Aerts e o percussionista e co-fundador de Tangaria, Rafael Meijias, especialista em maracas.

Organizado pela Câmara Municipal de Lagoa e produzido pela Ao Vivo – Espectáculos e Eventos, este festival aposta, mais uma vez, num programa de qualidade apresentado num espaço ao ar livre com um cenário natural verdadeiramente espantoso: o Parque Municipal do Sítio das Fontes, em Estômbar, concelho de Lagoa. Esta é uma zona toda ela requalificada num espaço de lazer de que o concelho muito se orgulha, com um auditório com uma capacidade para sensivelmente 500 pessoas. Pela óptima receptividade das edições anteriores, o festival conta superar mais uma vez este ano as expectativas de uma crescente audiência fiel a este evento.

O recinto abre às 19:00h com as seguintes actividades paralelas de entretenimento:

Animação musical dixieland; Exposição temática de Banda Desenhada; Feira do disco e merchandising; Serviço de bar.

O custo da entrada no festival é de 8€ e a aquisição de bilhetes é feita no próprio recinto ou no Convento de S. José, Lagoa (tel.: +351 282 380 434).

Mais detalhes sobre a programação, localização e edições anteriores do festival em www.lagoajazz.com.
Informação da produtora.

11 de junho de 2007

Estoril Jazz com promoção ímpar

Em 2007 o Estoril Jazz tem não só um elenco ímpar, dos melhores dos últimos anos, como também uma campanha de marketing inigualada em anteriores edições.

Com efeito, este ano o Estoril Jazz é, por exemplo, o primeiro festival português de jazz a ser divulgado no canal televisivo Mezzo, que tantos adeptos tem entre nós, o que será feito através do seguinte anúncio a emitir de 15 de Junho a 15 de Julho (às 9h35, 13h35, 19h50, 20h35 e 23h40):



Mediante este spot televisivo de 55 segundos são ainda divulgados no estrangeiro os músicos portugueses que participam este ano no Estoril Jazz - Laurent Filipe e Filipe Melo, pianista que integra um quarteto liderado por Art Themen - e o próprio Hot Clube de Portugal, já que aí decorre também um concerto integrado neste festival.

Entretanto este ano o Festival foi ainda promovido no Cascais Shopping - que assim apoiou um dos mais (senão o mais) emblemáticos eventos culturais do Concelho - mediante a cedência por parte deste centro comercial de um stand alusivo que ali permaneceu aberto ao público durante uma semana até ontem (11 de Junho).

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10 de junho de 2007

Ainda do Roteiro do Jazz...



Aqui fica uma pequena amostra da verdadeira jam-session que teve lugar no Hot Clube no final do Roteiro do Jazz na Lisboa dos anos 20/50, realizado no passado dia 2 de Junho.

Maria Viana e Paulo Gil cantam em scat e à desgarrada o clássico "C Jam Blues", sob os acordes do piano de António José Barros Veloso.

9 de junho de 2007

Ron Carter em Portugal, em Julho

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O jornal Expresso anuncia hoje a vinda a Portugal do lendário contrabaixista Ron Carter para actuar a 28 e 29 de Julho com o guitarrista Joel Xavier, com o qual gravou em 2004 In New York.

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Para quem não conhece Ron Carter, que se notabilizou pela sua participação no quinteto de Miles Davis (com o qual gravou 8 discos), aqui ficam alguns factos importantes:

Número de discos gravados: mais de 2 500

Principais músicos que acompanhou/gravou:
Oliver Nelson, Tommy Flanagan, Gil Scott-Heron, Gil Evans, Lena Horn, James Brown, Coleman Hawkins, Bill Evans, Carlos Santana, Aretha Franklin, Sonny Rollins, Paul Simon, Janis Ian, Bette Midler, Benny Goodman, George Benson, B.B. King, Eric Gale, Johnny Hodges, Antonio Carlos Jobim, The Kronos Quartet, Dexter Gordon, Helen Merrill, J.J. Johnson, Benny Golson, Sir Roland Hanna, Stan Getz, McCoy Tyner, Milt Jackson, Joe Henderson, Chet Baker, Freddie Hubbard, Horace Silver, Wayne Shorter, Herbie Hancock, Jim Hall e Jessye Norman.

6 de junho de 2007

Grande Count Basie!

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Aqueles que gostam de uma boa dose de swing têm neste DVD uma oferta irrecusável, pois poucas orquestras houve que tivessem igualado neste campo a de Count Basie.

Gravado ao vivo no Festival de Jazz de Montreux de 1977, há neste DVD pelo menos dois factores de interesse.

O primeiro é a presença de músicos como o trombonista Al Grey (que ficou para sempre ligado a Portugal devido às suas actuações nos festivais Jazz Num Dia de Verão e Estoril Jazz, de que existem na RTP gravações que importa voltar a exibir), Freddie Green (mítico guitarrista que acompanhou a orquestra de Basie durante nada menos do que cerca de 50 anos!), Jimmy Forrest (saxofonista-tenor) e Butch Miles, baterista que ainda há dois anos se exibiu no Estoril Jazz com a orquestra fantasma de Basie.

Segundo, o repertório, onde se incluem três temas do fabuloso CD Atomic Mr. Basie (de 1957): "Splanky" (é "obrigatório" ouvir!) "Lil' Darlin'" e "Fantail" ("imperativo" ouvir!). A estes juntam-se ainda dois clássicos da orquestra - "Jumpin' at Woodside" e "One O' Clock Jump" - que dispensam apresentações, mas não audição.

Este DVD encontra-se disponível por apenas € 9,99 (mais portes de envio) exclusivamente através do nº de telefone 219 265 510 ou, eventualmente, num quiosque perto de si.

5 de junho de 2007

Roteiro do Jazz na Lisboa dos anos 20/50

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Foi um sucesso a 2.ª edição do Roteiro do Jazz, através do qual se fez a história possível de 25 locais por onde passou o Jazz entre os anos 20 e 50, muitos dos quais surpreenderam os participantes pelas suas estórias e glórias.

Fruto da investigação que vimos desenvolvendo desde 2003 sobre a história do Jazz em Portugal, foi possível trazer o passado para o presente - embora com os limites da escassa documentação existente em alguns casos - proporcionando ao grupo reunido o acesso a informação inédita sobre músicos e bandas que passaram por Lisboa, clubes, jam-sessions, etc.

Para o sucesso desta iniciativa muito contribuíram a ampla divulgação feita pela rádio e imprensa e, sobretudo, a participação dos convidados Paulo Gil, Maria Viana e António José de Barros Veloso, que no fim do Roteiro improvisaram uma jam-session.

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Uma das paragens do Roteiro foi na loja onde Josephine Baker comprou flores quando da sua primeira passagem por Lisboa, em 1939. Paulo Gil, uma verdadeira alma deste 2.º Roteiro, conhecia a senhora da loja, que desconhecia que a vedeta negra tinha passado por ali, facto que passou a conhecer depois de Paulo Gil a chamar a saber o que o guia do Roteiro tinha para fazer saber... Ufff!

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"Sabe quem é a Josephine Baker?" - pergunta Paulo Gil. "Mas não sabe que ela comprou aqui flores..."

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"Venha cá fora que este senhor diz-lhe!"

O ponto alto do Roteiro foi a explicação de Paulo Gil sobre a mítica loja da Valentim de Carvalho, na Rua Nova do Almada, onde trabalhou entre 1970 e 1984, e que o incêndio do Chiado destruiu por completo. Para além de toda a política editorial, ficámos a saber que o cofre desta loja derreteu (Paulo Gil conserva uma peça metálica) a cerca de 2800 graus centígrados, tal foi a temperatura que se registou durante o referido sinistro.

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Antes de rumar à actual sede do Hot Clube de Portugal, paragem obrigatória junto ao edifício que em Janeiro de 1951 albergou a primeira sede desta verdadeira instituição da cultura em Portugal, inicialmente no 5.º andar e posteriormente na cave (onde hoje se encontra o Fontória).

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Cinco horas depois do início, eis finalmente o Hot Clube de Portugal - não sem antes visitar inesperadamente a Tertúlia Festa Brava, paredes meias com o Hot, onde em 1956 Villas-Boas ofereceu jantarada a Count Basie - e António José de Barros Veloso, que explicou o seu percurso no Jazz e o dos músicos da sua geração e seguintes.

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Tempo ainda para ouvir Luís Hilário sobre os muitos anos que leva a gerir o n.º 39 da Praça da Alegria e conhecer as tristezas de quem se debate com a bur(r)ocracia que leva, por exemplo, um fiscal a multar o Hot porque em vez de numa noite se fazer uma jam-session, como estava indicado no cartaz, se encontrar antes a actuar uma cantora... Ainda sugerimos, mas já fora de tempo útil... que se tivesse dito ao dito fiscal, que de Jazz nada devia saber, que o Sr. Jam Session não tinha podido vir... que tinha ficado retido nos EUA... e que em sua substituição actuava, à última hora, a referida cantora...

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E como Jazz é música e para sentir, TóZé Veloso e Maria Viana ofereceram (é mesmo o termo certo), entre outros temas, "At last" e "Someone to Watch Over me".

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Paulo Gil estava logo ali, ainda se sentou à bateria e escovou a tarola em tempo lento, mas a queda para o Scat singing falou mais alto, juntando-se a Maria Viana em "C Jam Blues", numa autêntica desgarrada. O resultado foi surpreendente, proporcionando momentos realmente únicos de swing. Talkin' seriously!

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Missão cumprida! Para o ano há mais? Don't think so... Twice is enough!

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Ok... Talvez um roteiro na Cascais dos anos 20/70. A ideia é da Maria Viana, para que se saiba.

Em Julho há Jazz em Loulé

Em quatro Sábados sucessivos (na Cerca do Convento Espírito Santo, sempre às 22 horas) e numa segunda-feira, Loulé apresenta o seu festival de Jazz, que na sua 13.ª edição tem como cabeça de cartaz a dupla Metheny & Mehldau, que actua a 30 de Julho, junto ao monumento a Duarte Pacheco, no centro da cidade de Loulé.

7 de Julho:Kirk Lightsey Trio
Kirk Lightsey (piano, flauta), Giles Naturel (contrabaixo) e Douglas Sides (bateria).

14 de Julho - Zé Eduardo Unit
Zé Eduardo (contrabaixo), Jesu Santandreu (saxofone tenor) e Wenzl McGowen (saxofone) e Bruno Pedroso (bateria).

21 de Julho - Stacey Kent Quintet
Stacey Kent (voz), Jim Tomlinson (saxofone), Graham Harvey (piano), David Chamberlain (contrabaixo) , Matthew Skelton (bateria).

28 de Julho - Robert Jan Vermeulen Quartet - Ugly Beauty – The Music of Thelonious Monk
Robert Jan Vermeuleun (piano), Jasper Blom (saxofone), Ernst Glerum (contrabaixo), Han Bennink (bateria).

30 de Julho - Pat Metheny - Brad Mehldau
Pat Metheny (guitarra), Brad Mehldau (piano), Larry Grenadier (contrabaixo) e Jeff Ballard (bateria).

Efeito Visão?

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Em menos de uma semana, de 5.ª feira até hoje, JNPDI! registou cerca de 1000 visitas, facto inédito, já que a média mensal de visitas anda na casa das 3000.

Para este aumento exponencial terá contribuido certamente o artigo publicado na revista Visão na passada 5.ª feira relativo ao Roteiro do Jazz, com referência directa ao JNPDI! e indicação do seu endereço.

4 de junho de 2007

e.s.t. no CCB a 22 de Julho

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O grupo sueco e.s.t, Esbjörn Svensson Trio, actua a 22 de Julho no Centro Cultural de Belém, às 21h00, concerto que marca a sua estreia em Lisboa, ainda que não em Portugal.
O .E.S.T. é um trio de jazz mas que se define a si mesmo como uma banda de pop que toca jazz, tendo gravado o seu primeiro CD em 1993: When Everyone Has Gone”.
A produção do concerto é de Paulo Gil, responsável, entre outros, pelo Seixal Jazz e pelo Ciclo Internacional de Jazz de Oeiras.

2 de junho de 2007

Karrin Allyson: Footprints

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Há discos assim, que agradam à primeira audição, mas que não desagradam nem cansam na 2.ª, 3ª etc...

É o caso deste Footprints, o 10.º disco da cantora Karrin Allyson, que em 2006 foi nomeado para um Grammy na categoria de Best Jazz Vocal Album.

O que torna este disco especial é a voz inconfundível de Allyson, mas também todo um trabalho de adaptação para voz de temas instrumentais do jazz moderno, o que permite que o ouvinte vá para além dos clássicos standards e possa desfrutar de uma nova leitura de, entre outros, "Con Alma" ("Something Worth Waiting For"), de Dizzy Gillespie, "Lazybird" ("Lightening") e "Equinox" ("A Long Way to Go"), de John Coltrane, e "Fotprints" ("Follow the Footprints"), de Wayne Shorter. As letras, que não existiam nos temas instrumentais, como é óbvio, foram escritas por Chris Caswell.

Outro ponto de interesse neste projecto são os convidados de Allyson - Jon Hendricks (com 85 anos, mas ainda em forma) e Nancy King - e os seus próprios músicos (Bruce Barth, Peter Washington e Todd Strait), aos quais se juntam ainda os convidados Frank Wess e Nick Phillips.

Faixas: "Something Worth Waiting For" ("Con Alma"); "All You Need To Say" ("Never Say Yes");" Lightning" ("Lazy Bird"); "A Long Way To Go" ("Equinox"); "Strollin'"; "I Found The Turnaround" ("The Turnaround"); "Follow The Footprints" ("Footprints"); "Life Is A Groove" ("Jordu"); "A Tree And Me"; "I Can't Say" ("Teaneck"); "But I Was Cool"; "Give Me A Break" ("Unit 7"); "Everybody's Boppin'".

Músicos: Karrin Allyson, Jon Hendricks, Nancy King; Frank Wess; Nick Phillips; Bruce Barth; Peter Washington; Todd Strait.

1 de junho de 2007

Um Toque de Jazz em Junho

Na RDP - ANTENA 2, um programa de Manuel Jorge Veloso, transmitido aos Sábados e Domingos, entre as 23h05 e as 24h00.

Sábado, 02.06.07 – Novos discos (8) – «Holly Cole» (Holly Cole); «One, Two, Three, Four» (George Garzone); «New Flamenco Sound» (Chano Domínguez); «A Jazz Life» (Tony Scott); «Watch What Happens – The Jazz Album» (Thomas Quasthoff); «Where The Light Comes From» (Eugene Laslov); «Tangled Tango» (Ethan Winogrand); «Big Fish & Small Pond» (Florian Ross).

Domingo, 03.06.07 – Charles Mingus at UCLA – A audição integral do célebre concerto realizado em 25.09.1965 na Universidade da Califórnia em Los Angeles pelo octeto de Charles Mingus (contrabaixo), com Jimmy Owens, Lonnie Hillyer e Hobart Dotson (trompetes), Charles McPherson (sax-alto), Julius Watkins (trompa), Howard Johnson (tuba) e Danny Richmond (bateria).

Sábado, 09.06.07 – Novos discos (9) – «Piano Jazz», emissão de rádio de Marian McPartland com Brad Mehldau; «Bill Frisell-Ron Carter-Paul Motian»; «Emotionally Available» (Eli Degibri); «Vaghissimo itratto (Gianluigi Trovesi-Umberto Petrin-Fulvio Maras); «Amanecer» (Joey Calderazzo); «Stingy Brim» (Johnnie Valentino); «Refraction of Light» (Robert McGregor).

Domingo, 10.06.07 – Concertos Internacionais - «Classics in Jazz» - Um concerto realizado em 19.02.05 no Estúdio Glenn Gould da CBC (Toronto) com Bill Mays (piano), P. J. Perry (flauta e saxofone), Guido Basso (trompete), Neil Swainson (contrabaixo), Terry Clark (bateria), Annalee Patipatanakoon (violino) e Roman Borys (violoncelo). Interpretações em jazz de obras de Debussy, Rachmaninov, Rodrigo, Mendelssohn, Bach, Dvorák. 1ª. Parte. Gravação Eurorádio.

Sábado, 16.06.07 – Reedições recentes (1) – «The Impulse! Story» - Excertos das reedições mais importantes do catálogo Impulse!.

Domingo, 17.06.07 – Concertos Internacionais - «Classics in Jazz» - Um concerto realizado em 19.02.05 no Estúdio Glenn Gould da CBC (Toronto) com Bill Mays (piano), P. J. Perry (flauta e saxofone), Guido Basso (trompete), Neil Swainson (contrabaixo), Terry Clark (bateria), Annalee Patipatanakoon (violino) e Roman Borys (violoncelo). Interpretações em jazz de obras de Debussy, Rachmaninov, Rodrigo, Mendelssohn, Bach, Dvorák. 2ª. Parte. Gravação Eurorádio.

Sábado, 23.06.07 – Reedições recentes (2) – Excertos das reedições mais importantes da série «24bit Master Edition» do catálogo da Enja.

Domingo, 24.06.07 – Concertos Internacionais – O quinteto Sernet å Fyre (Noruega/Rússia), com Olga Konkova (teclados), Gerald Preinfalk (saxofone), Per Mathisen (contrabaixo), Knut Petter Sævik (laptop) e Tore Brevik (bateria) em Diersbach (Áustria), em 03.06.06. Gravação Eurorádio.

Sábado, 30.06.07 – Reedições recentes (3) – Excertos das reedições integradas na nova série «Classics» dos catálogos da Universal.

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Roteiro do Jazz na RDP1

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A RDP1 transmite hoje, após as 13h15, uma pequena peça informativa sobre o Roteiro do Jazz, iniciativa do jornalista Mário Galego, leitor de JNPDI!, ao qual desde já agradecemos.

A referida peça consiste numa mini-entrevista que gravámos na passada 3.ª feira à porta do Teatro da Trindade, em antevisão do que será o Roteiro, cujo ponto de partida é justamente este teatro onde pela primeira vez tocou em Portugal um verdadeiro grupo de jazz norte-americano.


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